IBAMA - www.ibama.gov.br

O IBAMA conta com a sua colaboração! Ajude o Brasil a dizer não ao tráfico de animais silvestres. Se decidir ter um animal silvestre como animal de estimação, não compre animais de criadouros ilegais e não adquira animais provenientes do tráfico e do comércio clandestino.

domingo, 30 de agosto de 2009

Biomas X economia

O plantio de soja é considerado a principal causa do avanço da fronteira agrícola sobre o bioma Amazônia desmatamento na região amazônica, em relação a2005. Para o Ministério do Meio Ambiente, os principais motivos desse bom resultado estavam nas operações da Polícia Federal e do Ibama, nas ações de controle da grilagem e da extração ilegal de madeira, bem como a criação de áreas de proteção. No entanto, os críticos acreditam que tal retração no ritmo de destruição da mata tem menos a ver com boas intenções ambientais e mais com fortes motivos econômicos. Segundo eles, passou-se a desmatar menos porque se plantou menos soja. E isso ocorreu simplesmente porque a cotação do grão caiu no mercado internacional. Assim, o aparente alivio nos ataques ao bioma Amazônia seria meramente temporário.
A soja é considerada a maior responsável atualmente pelo avanço das fronteiras agrícolas sobre o bioma amazônico. E a principal frente desse avanço se encontra na zona de transição como cerrado, que é considerado um dos 34biomas mais ricos e,  ao mesmo tempo, um dos mais ameaçados de todo o planeta e, por isso, classificado pelos ambientalistas como um hotspot, que merece atenção especial. É o bioma brasileiro que mais sofreu alteração por causa da ocupação humana. De sua área total, 60% é destinada à pecuária e 6%, à monocultura intensiva de grãos – dentre eles,  a onipresente soja, é claro. A agropecuária fez aumentara deterioração de uma terra já ferida pelo garimpo, com a contaminação dos rios por mercúrio, a erosão do solo e o assoreamento dos cursos d’agua. Estima-se que menos de 20% do cerrado mantenha a cobertura vegetal original. E estudos indicam que, se a taxa de desmatamento se mantiver no patamar atual – de 1,5% ao ano -, o bioma cerrado desaparecerá por completo até 2030.
A caatinga – o único bioma exclusivamente em território nacional - é um caso à parte. Por séculos considerada uma região de terras áridas coberta por uma vegetação ressequida por um dos climas mais causticantes do planeta, a caatinga é reconhecida como uma grande reserva da biodiversidade. Os maiores problemas enfrentados pela região são a salinização do solo e a desertificação de grandes áreas. Acredita-se que, no decorrer dos últimos 15 anos do século XX, 40 mil km² de caatinga tenham se transformado em deserto. Alguns fatores responsáveis por isso são explosivos da vegetação para a vegetação para a produção de lenha e carvão a contaminação do solo por agrotóxicos e o emprego de técnicas de irrigação inadequadas para o tipo de solo existente ali – raso e sujeito grande índice de evaporação. Estima-se que cerca de 50% do bioma tenha sofrido algum tipo  de deterioração e 20% estejam completamente degradados.
No Pantanal, as transformações são lentas, mas também implacáveis, e a degradação ambiental agravou-se nas ultimas duas décadas, com o crescimento das cidades e a ocupação da cabeceira de importantes rios que cortam a região. A navegação nos rios Paraguai e Paraná coloca em risco as frágeis mata ciliares. Mas a menor ameaça a esse bioma vem, novamente, da agropecuária: as queimadas para a renovação  das pastagens, a contaminação por pesticidas e a introdução de espécies exóticas de capim. O turismo desorganizado, bem como a caça e pesca predatórias, completa a quadro ameaçador.

Fonte: Guia do estudante, atualidades vestibular, 2008.

Nenhum comentário: