IBAMA - www.ibama.gov.br

O IBAMA conta com a sua colaboração! Ajude o Brasil a dizer não ao tráfico de animais silvestres. Se decidir ter um animal silvestre como animal de estimação, não compre animais de criadouros ilegais e não adquira animais provenientes do tráfico e do comércio clandestino.

domingo, 27 de setembro de 2009

Redimindo a ciência

Enquanto os "Resumos" do IPCC são empregados para promover um apocalipse climático, a ser contido com restrições ao desenvolvimento e a confiança nos mercados, cientistas comprometidos com a busca da verdade se empenham para conhecer os fatores reais que influenciam o clima, com uma perspectiva mais ampla do que o limitado e reducionista enfoque "carbonífero".
Desde a década passada, tem evoluído rapidamente o entendimento do papel exercido pela interação entre os raios cósmicos e o campo magnético do Sol, no que já pode ser considerado uma nova disciplina científica, a cosmoclimatologia. O impulso fundamental veio das pesquisas de Eigil Friis-Christensen e Knud Lassen, do Instituto Meteorológico Dinamarquês, que, em 1991, conseguiram uma correlação quase perfeita entre a evolução das temperaturas no Hemisfério Norte desde 1860 e a extensão dos ciclos de manchas solares. Pesquisas posteriores revelaram que o mecanismo de interferência é a penetração dos raios cósmicos na atmosfera terrestre, que ionizam as moléculas de ar e ajudam a formar os núcleos de condensação formadores das nuvens.
Como se sabe, a cobertura de nuvens (geralmente, mal representada nos modelos climáticos) exerce um fator fundamental no balanço energético da atmosfera e, portanto, sobre as temperaturas.

A intensidade dos fluxos de raios cósmicos é afetada pelo campo magnético do Sol (quanto mais forte, menos raios chegam à atmosfera) e pela migração do Sistema Solar através de áreas da Via Láctea com diferentes concentrações de poeira cósmica e atividades estelares.
A prova experimental foi proporcionada pelo Dr. Henrik Svensmark, do Centro Espacial Nacional dinamarquês. Ele e sua equipe simularam a atmosfera terrestre em uma câmara plástica e o Sol com raios ultravioleta, observando enquanto a interação com os raios cósmicos produzia de imediato núcleos estáveis de água e ácido sulfúrico, os elementos constituintes dos núcleos de condensação das nuvens (por ironia, o primeiro artigo de Svensmark comunicando o feito foi publicado em outubro de 2006, nos Proceedings da mesma Real Sociedade que está apoiando a escalada "aquecimentista").
Para divulgar os avanços da cosmoclimatologia, Svensmark se associou ao célebre divulgador científico sir Nigel Calder, para escrever o livro The Chilling Stars: A New Theory of Climate Change (As estrelas que esfriam: uma nova teoria das mudanças climáticas), que acaba de ser publicado pela editora londrina Icon Books (esperemos que em breve saia uma edição brasileira).
Como os estudos apontam que a atividade solar deverá atingir um mínimo no próximo ciclo, em meados da década de 2020, Svensmark e outros cientistas prevêem um resfriamento atmosférico nas próximas décadas. O Dr. Habibullo Abudssamatov, diretor do Laboratório de Pesquisas Espaciais do Observatório de Pulkovo (Rússia), afirma que as temperaturas começarão a cair já em 2012-15 e atingirão um mínimo em meados do século, em uma queda comparável à Pequena Idade do Gelo, quando as temperaturas caíram 1-2oC.
Finalizamos com as palavras dos geólogos Leonid Khilyuk e George Chilingar, da Universidade do Sul da Califórnia, em um contundente artigo publicado em 2006 na revista Environmental Geology: "Quaisquer tentativas de mitigar mudanças climáticas indesejáveis usando regulamentações restritivas estão condenadas ao fracasso, porque as forças naturais globais são pelo menos 4-5 ordens de magnitude maiores que os controles humanos disponíveis... Assim, as tentativas de alterar as mudanças climáticas globais que estão ocorrendo - e as drásticas medidas prescritas pelo Protocolo de Kyoto - têm que ser abandonadas, por insignificantes e danosas. Em vez disto, a obrigação moral e profissional de todos os cientistas e políticos responsáveis é minimizar a miséria humana potencial resultante das mudanças globais a caminho."

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Evolução histórica dos aspectos de saúde pública e meio ambiente no setor de saneamento no Brasil

Década de 70
• Predomínio da visão de que avanços nas áreas de abastecimento de água
e de esgotamento sanitário nos países em de senvolvimento resultariam na redução
das taxas de mortalidade, embora ausentes dos programas de atenção primária
à saúde.
• Consolidação do Plano Nacional de Saneamento (PLANASA), com ênfase no
incremento dos índices de atendimento por istemas de abastecimento de água.
• Inserção da preocupação ambiental na agenda política brasileira, com a consolidação
dos conceitos de ecologia e meio ambiente e a criação da Secretaria Especial de Meio
Ambiente (SEMA) em 1973.

Década de 80
• Formulação mais rigorosa dos mecanismos responsáveis pelo comprometimento
das condições de saúde da população, na ausência de condições adequadas
de saneamento (água e esgotos).
• Instauração de uma série de instrumentos legais de âmbito nacional definidores de
políticas e ações do governo brasileiro, como a Política Nacional do Meio Ambiente (1981).
• Revisão técnica das legislações pertinentes aos padrões de qualidade das águas.
Década de 90 até • Ênfase no conceito de desenvolvimento sustentável e de preservação e conservação
o início do século XXI do meio ambiente e particularmente dos recursos hídricos, refletindo diretamente
no planejamento das ações de saneamento.
• Instituição da Política e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos
(Lei 9.433/97).
• Incremento da avaliação dos efeitos e conseqüências de atividades de saneamento
que importem impacto ao meio ambiente.

Fonte: Branco (1991), Cairncross (1989), Costa (1994) e Heller (1997).

Energia versus Efeito Estufa

A procura de alternativas aos combustíveis fósseis combina duas preocupações fundamentais que, até recentemente, eram tratadas em separado. De um lado, a tomada de consciência de que o mundo caminha a passos rápidos rumo a uma crise energética por causa do possível esgotamento das jazidas de petróleo. A falta desse combustível pode levar à decadência as maiores economias do planeta. Do outro, tornam-se cada vez mais evidentes as mudanças climáticas provocadas pelo efeito estufa, um fenômeno causado pela crescente poluição da atmosfera com gases que contêm CO2, CH4 e outras substâncias.
Os governantes dos paises mais ricos e poderosos nunca deram muita importância às advertências dos cientistas e das entidades de defesa do meio ambiente sobre os danos decorrentes do efeito estufa. A emissão desses gases, em quantidades cada vez maiores, está aumentando a temperatura média do planeta, com consequências catastróficas, como o derretimento do gelo nas montanhas e nas regiões polares e a elevação do nível dos oceanos. Um acordo internacional, o Protocolo de Kyoto, chegou a ser firmado em 1997. Atualmente conta com a adesão de 171 países que se comprometeram a alterar sua matriz de energia a fim de reduzir a emissão desses gases tão nocivos. Mas o resultado prático tem sido muito limitado, uma vez que os principais responsáveis pelo efeito estufa – os Estados Unidos e a China – se recusaram a aderir ao acordo, alegando que isso atrapalharia seu crescimento econômico.

Desafio:
Agora, finalmente, é possível que a catástrofe ambiental venha a receber a atenção que merece. A publicação, no início de 2007, do relatório mais recente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que reúne os principais especialistas no tema, demonstrou sem nenhuma margem de dúvida, que o meio mais eficiente para combater o aquecimento global e a redução do consumo de combustíveis fósseis e, em especial, o petróleo. Na realidade,os dois problemas – energia e meio ambiente – são faces da mesma moeda.
Portanto, o desafio atual consiste em mudar o modo pelo qual a energia é obtida e consumida sem que essa alteração prejudique o desenvolvimento e a melhoria das condições de vida. Não existe uma solução fácil, pois o dilema energético envolve uma questão vital para a economia e para a vida cotidiana. Mesmo fontes de energia consideradas “limpas” podem causar efeitos no meio ambiente e à sociedade. Para obter eletricidade a partir da água dos rios é necessária a construção de gigantescas usinas hidrelétricas, que deslocam milhares de pessoas, destroem florestas e,de quebra, agravam o efeito estufa por meio do gás carbônico que emana da decomposição dos vegetais nas área alagadas.A energia nuclear, que começou a ser utilizadas para fins pacíficos na década de 1950, teve sua expansão interrompida, há vinte anos, diante da dificuldade de encontrar um destino satisfatório para os resíduos radiativo(“lixo atômico”) e por causa dos riscos de segurança. Imagine, por exemplo, o que aconteceria se terroristas se apoderassem do urânio empregado como matéria-prima nas usinas nucleares.

Fonte: guia do estudante, atualidades vestibular, 2008.

domingo, 13 de setembro de 2009

Inpe detecta 578 km² de desmatamento na Amazônia em junho

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou desmatamento de 578,6 km² da floresta amazônica no mês de junho. A área equivale a cerca de metade do município do Rio de Janeiro. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (4).
Em comparação a junho do ano passado, quando o instituto detectou devastação de 870 km², houve redução de 33%. Em maio deste ano, haviam sido detectados 123,73 km².
Como ressalta o Inpe, uma comparação entre meses subsequentes não pode ser feita de forma precisa pois, com o Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), a cobertura de nuvens sempre impede que parte da região seja monitorada pelas imagens de satélite.
Os focos de desmatamento podem ser vistos de forma simples e amigável no mapa interativo do Globo Amazônia, que mostra os pontos de destruição da floresta e possibilita aos internautas protestar contra queimadas e desmatamentos.
Em junho, não mais que 57% da Amazônia Legal puderam ser analisados pelo Inpe por causa disso. Estados como o Amapá, Amazonas e Roraima não puderam ser monitorados adequadamente, pois apresentaram um alto índice de cobertura, de 96%, 70% e 94%, respectivamente.
O sistema Deter identifica apenas focos de devastação com área maior que 2.500 m². Para o cálculo das áreas desmatadas, são consideradas tanto as matas que foram completamente destruídas – que sofreram o chamado ‘corte raso’ – quanto os locais em que houve degradação parcial da floresta.


Fonte: http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1253880-16052,00-INPE+DETECTA+KM+DE+DESMATAMENTO+NA+AMAZONIA+EM+JUNHO.html

Para estudar queimadas, pesquisadores incendeiam floresta em MT

A mistura de óleo diesel com querosene faz a floresta arder em chamas. Durante quatro dias, um grupo de pessoas trabalhou duro em Canarana, em Mato Grosso, para fazer um pedaço da Amazônia queimar. Mas não se tratam de devastadores: pelo contrário, são cientistas que querem entender melhor como o fogo se comporta na floresta.
Para isso, eles mantêm três campos com 50 hectares de mata. Um deles é queimado a cada três anos, o segundo é incendiado anualmente, e o terceiro é conservado para servir de comparação. As áreas se localizam dentro da Fazenda Tanguro, do grupo André Maggi, que pertence à família do governador matogrossense.
“Um time coloca fogo e o outro vai fazendo medições”, explica Paulo Brando, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), que conduz os trabalhos no local em parceria com o Woods Hole Research Center, dos EUA.
O objetivo das queimadas propositais é medir suas emissões de gases causadores de efeito estufa e como o fogo se propaga, permitindo que se possa determinar com antecedência quais são os lugares mais propensos a se incendiarem. Isso é importante especialmente no caso do fogo rasteiro, já que não pode ser visto no monitoramento por satélite, explica Brando.
Além do tamanho e velocidade das chamas, são medidas também temperatura e umidade do ambiente e das plantas, antes e depois do fogo.
As duas diferentes periodicidades de queima (um e três anos) têm a função de evidenciar como a floresta se deteriora a cada incêndio e como se recupera nos intervalos. As queimadas não destróem a mata de uma só vez. A cada época de seca, a reincidência de fogo faz com que a vegetação se desfigure gradualmente.
Após uma primeira queima, espécies de fora, como o capim, começam a crescer entre as árvores, tornando as áreas mais propensas a um novo fogo no ano seguinte.

Dennis Barbosa
Do Globo Amazônia, em São Paulo

http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1289667-16052,00-PARA+ESTUDAR+QUEIMADAS+PESQUISADORES+INCENDEIAM+FLORESTA+EM+MT.html

Energia versus Efeito Estufa

A procura de alternativas aos combustíveis fósseis combina duas preocupações fundamentais que, até recentemente, eram tratadas em separado. De um lado, a tomada de consciência de que o mundo caminha a passos rápidos rumo a uma crise energética por causa do possível esgotamento das jazidas de petróleo. A falta desse combustível pode levar à decadência as maiores economias do planeta. Do outro, tornam-se cada vez mais evidentes as mudanças climáticas provocadas pelo efeito estufa, um fenômeno causado pela crescente poluição da atmosfera com gases que contêm CO2, CH4 e outras substâncias.
Os governantes dos paises mais ricos e poderosos nunca deram muita importância às advertências dos cientistas e das entidades de defesa do meio ambiente sobre os danos decorrentes do efeito estufa. A emissão desses gases, em quantidades cada vez maiores, está aumentando a temperatura média do planeta, com consequências catastróficas, como o derretimento do gelo nas montanhas e nas regiões polares e a elevação do nível dos oceanos. Um acordo internacional, o Protocolo de Kyoto, chegou a ser firmado em 1997. Atualmente conta com a adesão de 171 países que se comprometeram a alterar sua matriz de energia a fim de reduzir a emissão desses gases tão nocivos. Mas o resultado prático tem sido muito limitado, uma vez que os principais responsáveis pelo efeito estufa – os Estados Unidos e a China – se recusaram a aderir ao acordo, alegando que isso atrapalharia seu crescimento econômico.
Desafio
Agora, finalmente, é possível que a catástrofe ambiental venha a receber a atenção que merece. A publicação, no início de 2007, do relatório mais recente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que reúne os principais especialistas no tema, demonstrou sem nenhuma margem de dúvida, que o meio mais eficiente para combater o aquecimento global e a redução do consumo de combustíveis fósseis e, em especial, o petróleo. Na realidade,os dois problemas – energia e meio ambiente – são faces da mesma moeda.
Portanto, o desafio atual consiste em mudar o modo pelo qual a energia é obtida e consumida sem que essa alteração prejudique o desenvolvimento e a melhoria das condições de vida. Não existe uma solução fácil, pois o dilema energético envolve uma questão vital para a economia e para a vida cotidiana. Mesmo fontes de energia consideradas “limpas” podem causar efeitos no meio ambiente e à sociedade. Para obter eletricidade a partir da água dos rios é necessária a construção de gigantescas usinas hidrelétricas, que deslocam milhares de pessoas, destroem florestas e,de quebra, agravam o efeito estufa por meio do gás carbônico que emana da decomposição dos vegetais nas área alagadas.A energia nuclear, que começou a ser utilizadas para fins pacíficos na década de 1950, teve sua expansão interrompida, há vinte anos, diante da dificuldade de encontrar um destino satisfatório para os resíduos radiativo(“lixo atômico”) e por causa dos riscos de segurança. Imagine, por exemplo, o que aconteceria se terroristas se apoderassem do urânio empregado como matéria-prima nas usinas nucleares.

Fonte: Guia do Estudante, Atualidades Vestibular 2008.

Preocupação com Rio Tiête ( ou 'joagada de marketing') [?]

Flutuador percorre trecho do Rio Tietê na capital paulista
A bordo de um caiaque, o ecoesportista Dan Robson acompanha percurso.
Objetivo da experiência é medir qualidade da água em toda a extensão.

O flutuador desenvolvido em parceria entre a Rede Globo e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) percorreu nesta sexta-feira (11) um trecho do Rio Tietê na capital paulista, depois de 11 dias desde o início do percurso, no município de Biritiba-Mirim. A bordo de um caiaque, o ecoesportista Dan Robson acompanhou o flutuador até a Ponte Cruzeiro do Sul. Neste sábado (12), Dan parte do mesmo ponto e segue até o fim da Marginal Tietê. O objetivo da experiência é medir a qualidade da água em toda a extensão do rio (Foto: TV Globo/Bob Paulino)

Flutuador registra aumento de nível de oxigênio no Tietê
Nível passou de 0,6 para 3,5, que é considerado ruim. Poluição causada por esgoto é maior problema do rio.
O flutuador desenvolvido pela Rede Globo e pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e que percorre o Rio Tietê há onze dias registrou nesta sexta-feira (11) o aumento dos níveis de oxigênio na água no começo da área urbana de São Paulo. Na quinta-feira (10), o índice tinha ficado em 0,1, em Guarulhos, na Grande São Paulo, e na manhã desta sexta, chegou a 3,5. Esse nível, porém, é ainda considerado ruim.

A melhora nos nível de oxigênio, porém, aconteceu num ponto específico. Depois, os índices voltaram a cair.

Às 6h desta sexta, o flutuador começou a expedição perto da Ponte Imigrante Nordestino, na Zona Leste. Às 6h30, o primeiro índice registrado foi de 0,8, considerado péssimo. Duzentos metros depois, o nível de oxigênio na água melhorou muito, passando para 3,5, ainda considerado ruim.
Às 7h30, caiu um pouquinho e foi para 2,8. Uma hora mais tarde, o índice voltou a subir para 3,5. Às 9h, o nível caiu novamente e foi para 2,6, ainda ruim. A partir daí, só caiu e, às 10h, foi para 1,9, considerado péssimo. Às 11h, o nível piorou ainda mais, chegando a 0,6.

A poluição causada pelo lançamento de esgoto no rio é o maior problema do Rio Tietê. Enquanto não forem feitas a coleta e o tratamento adequado, o rio vai continuar sofrendo com a poluição. Outro problema grave é o lixo e carcaças que são levadas pelas chuvas ou que são jogadas diretamente no rio.
Flutuador percorre Rio Tietê para medir índice de oxigênio na água
Experiência começou às 6h30 desta terça-feira (1º) em Biritiba-Mirim.
Flutuador usado em medição foi desenvolvido pela Rede Globo e pelo IPT.
A partir desta terça-feira (1º), um flutuador desenvolvido pela Rede Globo e pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) vai percorrer o Rio Tietê para medir o índice de oxigênio na água. Existem muitas formas de medir a qualidade da água. Mas a quantidade de oxigênio é fundamental para determinar a possibilidade de sobrevivência dos peixes.

O Tietê é um rio diferente. Ele nasce perto do mar, corre para o interior e vai desaguar no Rio Paraná. Depois de ficar muito poluído na capital paulista, o Tietê ganha vida de novo. O primeiro trecho onde ocorrerá a medição é em Biritiba-Mirim, a 79 km de São Paulo. O rio nasce em Salesópolis, a 50 km de Biritiba-Mirim. Mas o flutuador não foi lançado na nascente do rio, porque é um trecho muito acidentado.
Por meio de um programa de computador, será possível acompanhar, em tempo real, onde está o flutuador e qual o nível de oxigênio na água naquele local. São três índices de medição: de zero a 1,9 significa que o nível de oxigênio na água é péssimo, quase não há vida. De dois a 4,9, é ruim. E, acima de cinco, bom. O flutuador foi lançado às 6h30, na zona rural de Biritiba-Mirim. A água tinha 5,6 de oxigênio, considerado bom.

Até as 9h, ele havia percorrido 4 km e o índice mudou. Passou para 6,1, aumentou a qualidade. No início da tarde desta terça-feira, o flutuador estava a 1 km do Centro do município e o nível de oxigênio era de 6 pontos. Essa é uma região que tem muitas pedras e igarapés, o que ajuda a manter o rio limpo.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O que é chuva ácida

A denominação de chuva ácida é utilizada para qualquer chuva que possua um valor de pH inferior a 4,5 unidades.

Esta acidez da chuva é causada pela solubilização de alguns gases presentes na atmosfera terrestre cuja hidrólise seja ácida. Entre estes destacam-se os gases contendo enxofre proveniente das impurezas da queima dos combustíveis fósseis.



Pode também dizer-se que as chuvas "normais" são ligeiramente ácidas, pois apresentam um valor de pH próximo de 5,6. Essa acidez natural é causada pela dissociação do dióxido de carbono em água, formando um ácido fraco, conhecido como ácido carbónico, de acordo com a reacção química que se apresenta abaixo:

CO2 (g) + H2O (l) ---> H2CO3 (aq)



O que causa?

Os principais contribuintes para a produção dos gases que provocam as chuvas ácidas, lançados na atmosfera, são as emissões dos vulcões e alguns processos biológicos que ocorrem nos solos, pântanos e oceanos.

A acção humana no nosso planeta é também grande responsável por este fenómeno. As principais fontes humanas desses gases são as indústrias, as centrais termoeléctricas e os veículos de transporte.

Estes gases podem ser transportados durante muito tempo, percorrendo milhares de quilómetros na atmosfera antes de reagirem com partículas de água, originando ácidos que mais tarde se precipitam.
A precipitação ácida ocorre quando a concentração de dióxido de enxofre (SO2) e óxidos de azoto (NO, NO2, N2O5) é suficiente para reagir com as gotas de água suspensas no ar (as núvens).
Tipicamente, a chuva ácida possui um pH à volta de 4,5, podendo transformar a superfície do mármore em gesso.
A chuva ácida industrial é um problema substancial na China, na Europa Ocidental, na Rússia e em áreas sob a influência de correntes de ar provenientes desses países. Os poluentes resultam essencialmente da queima de carvão com enxofre na sua composição, utilizado para gerar calor e electricidade.
Mas nem sempre as áreas onde são libertados os poluentes, como as áreas industriais, sofrem as consequências dessas chuvas, justamente porque a constante movimentação das massas de ar transporta esses poluentes para zonas distantes.

Por esta razão, a chuva ácida é, também considerada uma forma de poluição transfronteiriça, já que regiões que não poluem podem ser severamente prejudicadas pela sua precipitação.



Como se forma?

Os dois principais compostos que estão na origem deste problema ambiental dão origem a processos diferentes de formação de ácidos:

1- O Enxofre


O enxofre é uma impureza frequente nos combustíveis fósseis, principalmente no carvão mineral e no petróleo, que ao serem queimados também promovem a combustão desse composto, de acordo com as seguintes reacções químicas:

S (s) + O2 (g) ---> SO2 (g)

2 SO2 (g) + O2 (g) ---> 2 SO3 (g)



O enxofre e os óxidos de enxofre podem também ser lançados na atmosfera pelos vulcões.

Os óxidos ácidos formados reagem com a água para formar ácido sulfúrico (H2SO4), de acordo com a equção:

SO3 (g) + H2O (l) ---> H2SO4 (aq)

ou pode também ocorrer a reacção seguinte, formando-se ácido sulfuroso (H2SO3):

SO2 (g) + H2O (l) ---> H2SO3 (aq)



2 - O Azoto

O azoto (N2) é um gás abundante na composição da atmosfera e muito pouco reativo. Para reagir com o oxigénio do ar precisa de grande quantidade de energia, como a que se liberta numa descarga eléctrica ou no funcionamento de um motor de combustão. Estes motores são actualmente os maiores responsáveis pela reacção de oxidação do azoto. Os óxidos, ao reagir com água, formam ácido nitroso (HNO2) e ácido nítrico (HNO3), de acordo com as seguintes reacções químicas:

Na câmara de combustão dos motores, ocorre a seguinte reacção química:

N2 (g) + O2 (g) ---> 2 NO (g)


O monóxido de azoto (NO) formado, na presença do oxigénio do ar, produz dióxido de azoto:

2 NO (g) + O2 (g) ---> 2 NO2 (g)


Por suaq vez, o dióxido de azoto formado, na presença da água (proveniente da chuva), forma ácidos de acordo com a equação:

2 NO2 (g) + H2O (l) ---> HNO3 (aq) + HNO2 (aq)


As evidências de um crescente aumento nos níveis de chuva ácida vêm da análise das camadas de gelo oriundas dos glaciares.
Verifica-se uma repentina diminuição do pH a partir da Revolução Industrial de 6 para 4,5 ou 4.
Desde a Revolução Industrial as emissões de óxidos de enxofre e azoto na atmosfera aumentaram.

As Indústrias e as centrais termoeléctricas que queimam combustíveis fósseis, principalmente o carvão, são a principal fonte desses gases. Já chegaram a ser registados valores de pH abaixo de 2,4 em algumas áreas industriais. O sector dos transportes, movidos a combustíveis fósseis, juntam-se às duas fontes de poluição mencionadas, sendo estes três considerados os grandes responsáveis pelo aumento dos óxidos de azoto.

O problema das chuvas ácidas não apenas aumentou com o crescimento populacional e industrial, mas também se espalhou.
A utilização de grandes chaminés, a fim de reduzir a poluição local contribuiu para a disseminação da chuva ácida, liberando gases na atmosfera circulante da região.

Há uma forte relação entre baixos níveis de pH e a perda de populações de peixes em lagos. Com um pH abaixo de 4,5, praticamente nenhum peixe sobrevive, enquanto níveis iguais ou superiores a 6 promovem populações saudáveis.

O baixo pH também faz circular metais pesados como o alumínio nos lagos. O alumínio faz com que alguns peixes produzam muco em excesso, na zoda das guelras, prejudicando assim a sua respiração. O crescimento do fitoplâncton é inibido pelos grandes níveis de acidez e os animais que se alimentam dele são dessa forma prejudicados.
As árvores são prejudicadas pelas chuvas ácidas de vários modos. A superfície cerosa das suas folhas é rompida e os nutrientes perdem-se, tornando as árvores mais susceptíveis ao gelo, a fungos e a insectos. O crescimento das raízes torna-se mais lento e, em consequência disso, menos nutrientes são transportados. Os iões tóxicos acumulam-se no solo e os minerais valiosos para estas espécies são dispersados ou (no caso dos fosfatos) tornam-se próximos à argila.
Os iões tóxicos libertados devido às chuvas ácidas constituem a maior ameaça aos seres humanos. O cobre mobilizado foi implicado nas epidemias de diarreia em crianças jovens e acredita-se que existem ligações entre o abastecimento de água contaminado com alumínio e a ocorrência de casos da doença de Alzheimer.





Consequências


Para a Saúde
A chuva ácida liberta metais tóxicos que estavam no solo. Esses metais podem contaminar os rios e serem inadvertidamente utilizados pelo homem causando sérios problemas de saúde.
Nas Casas, Prédios e demais edifícios
A chuva ácida também ajuda a corroer alguns dos materiais utilizados nas construções, danificando algumas estruturas, como as barragens, as turbinas de geração de energia, etc.
Para o meio ambiente
Lagos
Os lagos podem ser os mais prejudicados com o efeito das chuvas ácidas, pois podem ficar totalmente acidificados perdendo toda a sua vida.
Desflorestação
A chuva ácida provoca clareiras, matando algumas árvores de cada vez. Podemos imaginar uma floresta, que vai sendo progressivamente dizimada, podendo eventualmente ser até destruída.
Agricultura
A chuva ácida afecta as plantações quase da mesma forma que as florestas, no entanto a destruição é mais rápida, uma vez que as plantas são todas do mesmo tamanho e assim, igualmente atingidas pelas chuvas ácidas.






Soluções

De uma forma resumida, poderemos apontar algumas soluções que, a serem adoptadas contribuirão decisivamente para a diminuição deste problema:

Incentivar a utilização dos transportes colectivos, como forma de diminuir o número de veículos que circulam nas estradas.
Utilizar metros (subterrâneos ou de superfície) em substituição à frota de autocarros a diesel, ou então promover a sua substituição por frotas não poluentes (com recurso a motores eléctricos, por exemplo).
Incentivar a descentralização industrial.
Dessulfurar os combustíveis com alto teor de enxofre antes da sua distribuição e consumo.
Dessulfurar os gases de combustão nas indústrias antes do seu lançamento na atmosfera.
Subsidiar a utilização de combustíveis limpos (gás natural, energia eléctrica de origem hidráulica, energia solar e energia eólica) em fontes de poluição tipicamente urbanas como hospitais, lavanderias e restaurantes.
Utilizar combustíveis limpos em veículos, indústrias e caldeiras.

Aquecimento Global: Entenda o aquecimento Global, Efeito Estufa, conseqüências, aumento da temperatura mundial,

Todos os dias acompanhamos na televisão, nos jornais e revistas as catástrofes climáticas e as mudanças que estão ocorrendo, rapidamente, no clima mundial. Nunca se viu mudanças tão rápidas e com efeitos devastadores como tem ocorrido nos últimos anos.
A Europa tem sido castigada por ondas de calor de até 40 graus centígrados, ciclones atingem o Brasil (principalmente a costa sul e sudeste), o número de desertos aumenta a cada dia, fortes furacões causam mortes e destruição em várias regiões do planeta e as calotas polares estão derretendo (fator que pode ocasionar o avanço dos oceanos sobre cidades litorâneas). O que pode estar provocando tudo isso? Os cientistas são unânimes em afirmar que o aquecimento global está relacionado a todos estes acontecimentos. 
Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aquecimento global está ocorrendo em função do aumento da emissão de gases poluentes, principalmente, derivados da queima de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, etc), na atmosfera. Estes gases (ozônio, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e  monóxido de carbono) formam uma camada de poluentes, de difícil dispersão, causando o famoso efeito estufa. Este fenômeno ocorre, pois, estes gases absorvem grande parte da radiação infra-vermelha emitida pela Terra, dificultando a dispersão do calor.
O desmatamento e a queimada de florestas e matas também colabora para este processo. Os raios do Sol atingem o solo e irradiam calor na atmosfera. Como esta camada de poluentes dificulta a dispersão do calor, o resultado é o aumento da temperatura global. Embora este fenômeno ocorra de forma mais evidente nas grandes cidades, já se verifica suas conseqüências em nível global.   
 Derretimento de gelo nas calotas polares: uma das consequências do aquecimento global.
Conseqüências do aquecimento global

-         Aumento do nível dos oceanos: com o aumento da temperatura no mundo, está em curso o derretimento das calotas polares. Ao aumentar o nível da águas dos oceanos, podem ocorrer, futuramente, a submersão de muitas cidades litorâneas;
-         Crescimento e surgimento de desertos: o aumento da temperatura provoca a morte de várias espécies animais e vegetais, desequilibrando vários ecossistemas. Somado ao desmatamento que vem ocorrendo, principalmente em florestas de países tropicais (Brasil, países africanos), a tendência é aumentar cada vez mais as regiões desérticas do planeta Terra;
-         Aumento de furacões, tufões e ciclones: o aumento da temperatura faz com que ocorra maior evaporação das águas dos oceanos, potencializando estes tipos de catástrofes climáticas;
-         Ondas de calor: regiões de temperaturas amenas tem sofrido com as ondas de calor. No verão europeu, por exemplo, tem se verificado uma intensa onda de calor, provocando até mesmo mortes de idosos e crianças. 
Protocolo de Kyoto

Este protocolo é um acordo internacional que visa a redução da emissão dos poluentes que aumentam o efeito estufa no planeta. Entrou em vigor em 16 fevereiro de 2005. O principal objetivo é que ocorra a diminuição da temperatura global nos próximos anos. Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite poluentes no mundo, não aceitou o acordo, pois afirmou que ele prejudicaria o desenvolvimento industrial do país.
Conferência de Bali

Realizada entre os dias 3 e 14 de dezembro de 2007, na ilha de Bali (Indonésia), a Conferência da ONU sobre Mudança Climática terminou com um avanço positivo. Após 11 dias de debates e negociações. os Estados Unidos concordaram com a posição defendida pelos países mais pobres. Foi estabelecido um cronograma de negociações e acordos para troca de informações sobre as mudanças climáticas, entre os 190 países participantes. As bases definidas substituirão o Protocolo de Kyoto, que vence em 2012.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Dos dez municípios com mais devastação detectada em julho, nove estão no Pará

Nove dos dez municípios com mais desmatamento detectado em julho pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) estão no Pará. A instituição divulgou nesta terça-feira (4) que detectou a devastação de 836 km² da floresta amazônica nesse mês. A área equivale a cerca de metade do município de São Paulo.



Veja abaixo os dez municípios que lideram o ranking do desmatamento em julho:




Município Desmatamento detectado em julho (km²)
Novo Progresso (PA) 133,7
Altamira (PA) 116,4
São Félix do Xingu (PA) 53,2
Itaituba (PA) 44,7
Dom Eliseu (PA) 29,1
Pacajá (PA) 27,9
Cumaru do Norte (PA) 24,9
Apuí (AM) 21,6
Paragominas (PA) 15,3
Novo Repartimento (PA) 14,8


Dados do Inpe

Fonte: http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1288307-16052,00-DOS+DEZ+MUNICIPIOS+COM+MAIS+DEVASTACAO+DETECTADA+EM+JULHO+NOVE+ESTAO+NO+PAR.html

Energia versus Efeito Estufa

A procura de alternativas aos combustíveis fósseis combina duas preocupações fundamentais que, até recentemente, eram tratadas em separado. De um lado, a tomada de consciência de que o mundo caminha a passos rápidos rumo a uma crise energética por causa do possível esgotamento das jazidas de petróleo. A falta desse combustível pode levar à decadência as maiores economias do planeta. Do outro, tornam-se cada vez mais evidentes as mudanças climáticas provocadas pelo efeito estufa, um fenômeno causado pela crescente poluição da atmosfera com gases que contêm CO2, CH4 e outras substâncias.
Os governantes dos paises mais ricos e poderosos nunca deram muita importância às advertências dos cientistas e das entidades de defesa do meio ambiente sobre os danos decorrentes do efeito estufa. A emissão desses gases, em quantidades cada vez maiores, está aumentando a temperatura média do planeta, com consequências catastróficas, como o derretimento do gelo nas montanhas e nas regiões polares e a elevação do nível dos oceanos. Um acordo internacional, o Protocolo de Kyoto, chegou a ser firmado em 1997. Atualmente conta com a adesão de 171 países que se comprometeram a alterar sua matriz de energia a fim de reduzir a emissão desses gases tão nocivos. Mas o resultado prático tem sido muito limitado, uma vez que os principais responsáveis pelo efeito estufa – os Estados Unidos e a China – se recusaram a aderir ao acordo, alegando que isso atrapalharia seu crescimento econômico.
Desafio
Agora, finalmente, é possível que a catástrofe ambiental venha a receber a atenção que merece. A publicação, no início de 2007, do relatório mais recente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que reúne os principais especialistas no tema, demonstrou sem nenhuma margem de dúvida, que o meio mais eficiente para combater o aquecimento global e a redução do consumo de combustíveis fósseis e, em especial, o petróleo. Na realidade,os dois problemas – energia e meio ambiente – são faces da mesma moeda.
Portanto, o desafio atual consiste em mudar o modo pelo qual a energia é obtida e consumida sem que essa alteração prejudique o desenvolvimento e a melhoria das condições de vida. Não existe uma solução fácil, pois o dilema energético envolve uma questão vital para a economia e para a vida cotidiana. Mesmo fontes de energia consideradas “limpas” podem causar efeitos no meio ambiente e à sociedade. Para obter eletricidade a partir da água dos rios é necessária a construção de gigantescas usinas hidrelétricas, que deslocam milhares de pessoas, destroem florestas e,de quebra, agravam o efeito estufa por meio do gás carbônico que emana da decomposição dos vegetais nas área alagadas.A energia nuclear, que começou a ser utilizadas para fins pacíficos na década de 1950, teve sua expansão interrompida, há vinte anos, diante da dificuldade de encontrar um destino satisfatório para os resíduos radiativo(“lixo atômico”) e por causa dos riscos de segurança. Imagine, por exemplo, o que aconteceria se terroristas se apoderassem do urânio empregado como matéria-prima nas usinas nucleares.

Fonte: Guia do Estudante, Atualidades Vestibular 2008.

Energia versus Efeito Estufa

A procura de alternativas aos combustíveis fósseis combina duas preocupações fundamentais que, até recentemente, eram tratadas em separado. De um lado, a tomada de consciência de que o mundo caminha a passos rápidos rumo a uma crise energética por causa do possível esgotamento das jazidas de petróleo. A falta desse combustível pode levar à decadência as maiores economias do planeta. Do outro, tornam-se cada vez mais evidentes as mudanças climáticas provocadas pelo efeito estufa, um fenômeno causado pela crescente poluição da atmosfera com gases que contêm CO2, CH4 e outras substâncias.
Os governantes dos paises mais ricos e poderosos nunca deram muita importância às advertências dos cientistas e das entidades de defesa do meio ambiente sobre os danos decorrentes do efeito estufa. A emissão desses gases, em quantidades cada vez maiores, está aumentando a temperatura média do planeta, com consequências catastróficas, como o derretimento do gelo nas montanhas e nas regiões polares e a elevação do nível dos oceanos. Um acordo internacional, o Protocolo de Kyoto, chegou a ser firmado em 1997. Atualmente conta com a adesão de 171 países que se comprometeram a alterar sua matriz de energia a fim de reduzir a emissão desses gases tão nocivos. Mas o resultado prático tem sido muito limitado, uma vez que os principais responsáveis pelo efeito estufa – os Estados Unidos e a China – se recusaram a aderir ao acordo, alegando que isso atrapalharia seu crescimento econômico.
Desafio
Agora, finalmente, é possível que a catástrofe ambiental venha a receber a atenção que merece. A publicação, no início de 2007, do relatório mais recente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que reúne os principais especialistas no tema, demonstrou sem nenhuma margem de dúvida, que o meio mais eficiente para combater o aquecimento global e a redução do consumo de combustíveis fósseis e, em especial, o petróleo. Na realidade,os dois problemas – energia e meio ambiente – são faces da mesma moeda.
Portanto, o desafio atual consiste em mudar o modo pelo qual a energia é obtida e consumida sem que essa alteração prejudique o desenvolvimento e a melhoria das condições de vida. Não existe uma solução fácil, pois o dilema energético envolve uma questão vital para a economia e para a vida cotidiana. Mesmo fontes de energia consideradas “limpas” podem causar efeitos no meio ambiente e à sociedade. Para obter eletricidade a partir da água dos rios é necessária a construção de gigantescas usinas hidrelétricas, que deslocam milhares de pessoas, destroem florestas e,de quebra, agravam o efeito estufa por meio do gás carbônico que emana da decomposição dos vegetais nas área alagadas.A energia nuclear, que começou a ser utilizadas para fins pacíficos na década de 1950, teve sua expansão interrompida, há vinte anos, diante da dificuldade de encontrar um destino satisfatório para os resíduos radiativo(“lixo atômico”) e por causa dos riscos de segurança. Imagine, por exemplo, o que aconteceria se terroristas se apoderassem do urânio empregado como matéria-prima nas usinas nucleares.

Fonte: Guia do Estudante, Atualidades Vestibular 2008.

sábado, 5 de setembro de 2009

Ibama capacita a Companhia de Polícia Florestal da Paraíba para o manejo de répteis

João Pessoa - A Superintendência do Ibama na Paraíba, em parceria com o Governo do Estado, iniciam, a partir de 1º de setembro, o Curso de Capacitação para Proteção Ambiental. Esta capacitação será ministrada por meio de diversos módulos, iniciando com o tópico “Contenção, manejo e transporte de répteis silvestres”.

Marco Vidal, chefe da Divisão de Proteção Ambiental - Dipram/PB informa que a capacitação será feita  pela  equipe do Centro de Triagem de Animais Silvestres - Cetas e por técnicos do Parque Zoobotânico Arruda Câmara – Bica, e que acontecerá no período da manhã e tarde, com uma parte teórica e outra prática. O público-alvo para este treinamento são os policiais da Companhia de Polícia Florestal e servidores do Ibama que atuam na área de fiscalização e que frequentemente são solicitados para apreender ou libertar em seu ambiente natural cobras, jacarés e outras espécies de répteis.

Esta capacitação terá continuidade em datas que ainda serão definidas, abordando os tópicos: navegação com bússola e GPS, geoprocesamento, manejo de fauna silvestre, cubagem de madeira, educação ambiental e outros temas que serão definidos de acordo com a demanda das ações voltadas para a preservação ambiental.


(Envolverde/Ibama)

MMA e ICMBio firmam acordo para revisão da lista de espécies da fauna ameaçadas

O Ministério do Meio Ambiente vai revisar a lista de espécies ameaçadas de extinção. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (2/9) pelo ministro Carlos Minc, durante as comemorações do aniversário de dois anos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que será o órgão responsável pela revisão.

A lista atual de espécies ameaçadas foi elaborada com dados de 2003/2004 e publicada no Livro Vermelho, em 2008, com informações detalhadas sobre cada uma das 622 espécies ameaçadas da fauna brasileira.

De acordo com o ministro, a medida visa agilizar a implementação da Política Nacional da Biodiversidade voltada para a conservação e recuperação de espécies ameaçadas de extinção. A portaria conjunta que trata da implementação da política foi assinada no evento pelo ministro Carlos Minc e pelo presidente do ICMBio, Rômulo Mello.

Minc disse também que o Livro Vermelho chegará, até o final do ano, a 35 mil escolas da rede pública de ensino. A iniciativa faz parte de convênio com o Ministério da Educação, que fará a distribuição que já está na gráfica.

Durante o evento, o presidente do ICMBio, Rômulo Mello, assinou 12 medidas que devem melhorar a gestão das unidades de conservação. Entre elas as portarias que criam os Centros Nacionais de Pesquisa e Conservação e as respectivas bases avançadas; os Conselhos da Reserva Extrativista Canavieiras, na Bahia, e da Estação Ecológica Juami-japurá, no Amazonas.

Também foram lançados na cerimônia os Planos de Ação de Conservação do Mutum de Alagoas e de Galliformes ameaçados de extinção. Eles representam a materialização dos esforços empreendidos pelo governo federal na elaboração de diretrizes e estratégias para conservação de espécies ameaçadas de extinção presentes na lista vermelha.




(Envolverde/MMA).
Nota:
          MMA: Ministerio do Meio Ambiente
          ICMBio: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
         

Por meio do DNA da madeira será possível saber sua origem

Pesquisadores alemães estão montando o que pode ser chamado de RG genético da madeira de lei.  O que se pretende com isso é apontar com precisão a origem de toras e móveis, revelando se a matéria-prima foi obtida de forma lícita.  O projeto foi apresentado por Jutta Buschbom, do Instituto de Genética Florestal da Alemanha, durante o 55º Congresso Brasileiro de Genética, que acontece nesta semana em Águas de Lindoia (SP).

Uma das primeiras espécies a ser trabalhada no projeto é o mogno, rara árvore amazônica que tem seu comércio controlado.  No começo, o foco será em algumas espécies muito visadas e de grande valor comercial.  Dados apresentados no congresso mostram que metade da madeira do mundo provém de derrubadas clandestinas, gerando um prejuízo anual em torno de R$ 500 bilhões.

O objetivo principal do projeto é conseguir uma "resolução" refinada das populações de cada espécie de árvore, tornando possível diferenciar o mogno obtido por manejo da madeira oriunda de desmatamento ilegal.  A experiência conseguida até o momento com a espécie amazônica mostra que isso é possível, já que, no caso do mogno, a semente de uma árvore tende a germinar a cerca de 500 m ou 1.000 m da planta-mãe.  Isso cria populações distintas, cujo parentesco vai diminuindo com a distância.

As principais técnicas genéticas testadas pelos pesquisadores envolvem "assinaturas" de DNA típicas de uma dada espécie ou população.  Mas, para os casos em que esses detalhes não forem suficientes para identificar a origem da madeira, já há uma estratégia preparada.  Bastaria ver a presença de variantes de certos elementos químicos no material.  Essa proporção é inerente ao ambiente em que a planta cresceu oferecendo informações seguras sobre sua origem.
Fonte: Envolverde/Amazônia.org.br

terça-feira, 1 de setembro de 2009

WWF Brasil disponibiliza resultados de oficina sobre adaptação

Para conferir o relatório sobre o evento e as apresentações dos especialistas que participaram da oficina, basta baixar os arquivos em formato PDF abaixo. Além disso, também é possível ouvir podcasts com trechos mais importantes das discussões.

A oficina contou com a presença de especialistas que se reuniram para identificar oportunidades de atuação no tema, viabilizar o estabelecimento de um diálogo intersetorial permanente entre governos, setor privado e sociedade civil organizada para a formulação de políticas públicas de adaptação às mudanças; e desenvolver diretrizes de adaptação – inclusive para os ecossistemas de água doce - às mudanças climáticas.

Os resultados servirão como referencial tanto para a elaboração de uma estratégia do WWF-Brasil para fazer face ao problema, como para oferecer subsídios a governos, organizações e instituições interessadas no tema.


Entenda o que é a adaptação

As mudanças climáticas já são uma realidade. Fenômenos incomuns e extremos como as recentes enchentes no Amazonas, Maranhão e Santa Catarina e, antes disso, a seca recorde na Amazônia, tendem, segundo os especialistas, a se tornar cada vez mais frequentes e graves.

Isto, segundo estes estudiosos, é um sinal dramático de que é necessário agir agora, para garantir o melhor cenário possível para a atual e as próximas gerações.

Embora ainda haja tempo para a adoção de medidas que reduzam a trajetória de mudanças climáticas no planeta, cientistas afirmam que o aquecimento global é algo já inexorável e que o melhor cenário ainda prevê um aumento da temperatura em 2ºC nas próximas décadas.

O que agravará a situação atual e exige medidas urgentes que reduzam os impactos da mudança sobre os ecossistemas em geral, e em particular, os ecossistemas aquáticos, grupos sociais vulneráveis e também sobre diversas atividades econômicas que poderão ser afetadas.

Uma das medidas mais urgentes deste cenário é a adaptação às mudanças climáticas, uma série de respostas aos impactos atuais e potenciais da mudança do clima, para minimizar os seus riscos.

A capacidade de adaptação de um sistema depende de sua vulnerabilidade, que é o grau de suscetibilidade dos sistemas (biológicos, geofísicos e sócio-econômicos) para lidar com os efeitos adversos da mudança do clima, e sua resiliência, que é a capacidade do sistema em absorver impactos preservando a mesma estrutura básica e os mesmos meios de funcionamento.

Quanto menor a vulnerabilidade de um sistema e maior a resiliência, maior será o seu potencial de adaptação.