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sábado, 5 de setembro de 2009

Por meio do DNA da madeira será possível saber sua origem

Pesquisadores alemães estão montando o que pode ser chamado de RG genético da madeira de lei.  O que se pretende com isso é apontar com precisão a origem de toras e móveis, revelando se a matéria-prima foi obtida de forma lícita.  O projeto foi apresentado por Jutta Buschbom, do Instituto de Genética Florestal da Alemanha, durante o 55º Congresso Brasileiro de Genética, que acontece nesta semana em Águas de Lindoia (SP).

Uma das primeiras espécies a ser trabalhada no projeto é o mogno, rara árvore amazônica que tem seu comércio controlado.  No começo, o foco será em algumas espécies muito visadas e de grande valor comercial.  Dados apresentados no congresso mostram que metade da madeira do mundo provém de derrubadas clandestinas, gerando um prejuízo anual em torno de R$ 500 bilhões.

O objetivo principal do projeto é conseguir uma "resolução" refinada das populações de cada espécie de árvore, tornando possível diferenciar o mogno obtido por manejo da madeira oriunda de desmatamento ilegal.  A experiência conseguida até o momento com a espécie amazônica mostra que isso é possível, já que, no caso do mogno, a semente de uma árvore tende a germinar a cerca de 500 m ou 1.000 m da planta-mãe.  Isso cria populações distintas, cujo parentesco vai diminuindo com a distância.

As principais técnicas genéticas testadas pelos pesquisadores envolvem "assinaturas" de DNA típicas de uma dada espécie ou população.  Mas, para os casos em que esses detalhes não forem suficientes para identificar a origem da madeira, já há uma estratégia preparada.  Bastaria ver a presença de variantes de certos elementos químicos no material.  Essa proporção é inerente ao ambiente em que a planta cresceu oferecendo informações seguras sobre sua origem.
Fonte: Envolverde/Amazônia.org.br

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